PEDRA E SAL

 (Kílvio Dias Maciel)

 

Água doce que corre

e gela as pedras

molha o corpo que morre

nos olhos de mil esperas

 

É bom ficar aqui

pensando

As águas correndo ali

quebrando

 

Minhas mãos se misturando

nas lascas do seu caminho

Eu sem jeito, troço, vidro...

ajeito um luar e vibro

nas visões de mil esferas

 

Água doce que explode

a geleira polar

salga o corpo sem ar

e inerte




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