ALFENIM

(Kílvio Dias Maciel)

 

Quando os sóis brilharem no horizonte dos mares

Você pode, por um momento, até deixar de sonhar

Mas como tudo isso é mar, e o sonho abraça e pede tudo

Você pode acordar, dar de ombros e inaugurar


O vento

O deserto

As ruas

O canto

O que não desperto

As minhas vozes nuas


Quando tudo ficar por um breve momento de choro

Você pode estar, por um instante, vendo o copo vazio

Mas como em todo vazio (o rio que corre para o mar)

Você pode se abraçar, refazer-se e reinventar


O vento

O deserto

As ruas

O canto

O que não desperto

As minhas vozes nuas






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