DEMORA DEMAIS
(Kílvio Dias Maciel)
Quando beira em mim
a lembrança, o pensamento
de nota a tom vou
seguindo sem rumo o movimento
do barco que partiu
do sorriso que se
abriu
entre as mãos que
acenaram a despedida
e o beijo que
correu dos dedos no vento... e nunca mais!
O que de ti só me
restou não supre
todo lugar vazio, a
noite fria e lúgubre
a casa que não
vigia e dorme
a flor que mesmo
cuidada morre
até plantada em
terra fértil, esplêndida
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