GOIÂNIA


(Kílvio Dias Maciel)


Eu tropeço em palavras como que em calçadas

Fumaças sobem e encobrem estrelas

Rios esfolham carvão ao galgar qualquer céu

Eu produzo e poluo a paisagem

 

Coração que é ponte entre o centro da urbe e aquele que bate

É sombrio, faceta que nem sempre brilha ao primeiro olhar

É incômodo, sintoma, resistente à face do real

Será que sou versão à minha própria aversão?

 

Sou amor, ódio ou ignorância na travessa de rua

E assim vou seguindo incógnito, impávido...

Dos seus escombros recolho o olhar periférico

E me encontro nas vielas descalças do seu firmamento

 

Sou a cidade!

Sou as cidades que ardem nessa cidade!

Sou os amores que brotam nos logradores desses lugares!

Sou a cidade!

Dessas arquiteturas que passam nos meus olhares!

Sou a cidade!











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